O advogado e presidente da ACIJ João Joaquim Martinelli foi eleito presidente do Conselho da Softville. Ele propõe recriar o núcleo do setor de TIC na ACIJ, onde nasceu a Softville, até como forma da entidade empresarial dar mais atenção às atuações da incubadora. Sugeriu também fazer reuniões informais com os integrantes do Conselho a cada 45 dias, além da estatutária, duas vezes ao ano, praticando resultados. Salientou a importância de se buscarem recursos junto aos governos como forma de sustentação da incubadora de tecnologia e inovação, que hoje abriga 35 empresas com diversos projetos em andamento. Quer mais atenção a vacância da gerência técnica. Atualmente, foi implantado um novo modelo de gestão na incubadora de tecnologia, sugerido pela Unisociesc, que são as consultorias pontuais às empresas e aos empreendedores.
Carlos Emílio Borsa, da diretoria executiva da Softville, afirmou que a Unisociesc vai garantir a atuação da gerencia técnica, por outro mecanismo de gestão que vem dando certo: As funções técnicas exercidas por consultores contratados e não descartou a ideia de aproveitar, na área técnica, ações pontuais do Sebrae.
A diretoria reúne-se semanalmente na Softville para pôr em dia os compromissos tecnológicos. Todos atuam de forma voluntária em seus cargos. Nesses últimos meses, os resultados apresentados e os desafios propostos tem sido animadores, constatou o gerente executivo Ademir Rossi.
As start-ups foi outro assunto levantado pelo conselheiro da Assespro, Célio Luiz Valcanaia. Ele considera a Softvile um ambiente para potencializar e acelerar projetos empresariais de base tecnológica e de inovação. Novos critérios para avaliar projetos e de comportamentos dos empreendedores vem sendo realizados através do modelo CERNE.
A pesquisa divulgada no Conselho, de autoria de Giancarlo Grazziottin, mostra um panorama real do comportamento empresarial, desde o negócio, produtos, serviços, colaboradores e sócios. Ele adotou critérios de cores para avaliar o comportamento das empresas, da qual constatou que as empresas precisam de apoio em pontos considerados fracos: gestão empresarial, vendas, produtos com inovação e fomento.
A participação da prefeitura com repasses de verbas para a Softville foi outro assunto abordado. Em 31 de Outubro, entrou em vigor nova legislação, proibindo o repasse de recursos às fundações. A Softville pediu renovação antecipada de contrato, garantindo a continuidade de repasses mensais. Houve atrasos, por conta da nova legislação. Mas agora foi encaminhada à aprovação na Câmara de Vereadores a prorrogação de contrato, pois a legislação anterior permite faze-lo. Por essa conta, o convênio Prefeitura será prorrogado por mais 24 meses, declarou o secretário Jalmei Duarte. A Fapesc, órgão de fomento à pesquisa ligado ao governo catarinense, pediu o desligamento de sua atuação no Conselho.
Aproximar as entidades foi o tom da fala de Dionei Alves Domingos, do SEPIJ. O próprio envolvimento do presidente da ACIJ em colocar-se à disposição e também de sugerir a volta de um núcleo onde a Softville possa estar ocupando a presidência, animou os empresários, durante a Reunião do Conselho. Ele lembrou que o SEPIJ voltou a dar atenção à entidade justamente porque o ambiente de formação de novas empresas de tecnologias resulta em benefícios à comunidade.
Martinelli questionou quantos empregos diretos e indiretos foram gerados por empresas que passaram pela incubadora, desde quando foi fundada, em 1994. Essa perspicácia na pergunta levantou questionamentos entre os presentes. É que a maioria das entidades empresariais sofre por não ter números consolidados. Isso foi considerado importante pelo o presidente do Sindicato das Empresas de Informática – SEPIJ, Ivo Birchoolz. “O empresário quer ver números e não histórias”, disse. E finalizou: é preciso “cacarejar” e ficar ainda mais divulgada perante a população. E, principalmente, ser mais reconhecida pelos dirigentes de indústrias e das empresas locais, lembrou Martinelli.
Por outro lado, o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Joinville, Jalmei Duarte, divulgou números de alerta. A cidade perdeu a condição de ser a maior arrecadadora de ICMS para Itajaí, conforme relatório publicado pelo IBGE.
A reunião terminou com o presidente do SEPIJ, Ivo Birchoolz, elogiando a atuação de Martinelli, sendo chamado de “advogado” de boas causas, em razão das ações apresentadas. Nem todos conseguem chegar a “conclusões óbvias” e sugerir mudanças, disse Ivo, durante a reunião do Conselho da Softville. A próxima gestão, com duração de 12 meses, está sendo considerada como desafiadora.
Fonte: Softville