Para o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, o Custo Brasil explica a perda de competitividade da indústria brasileira. Glauco participou da reunião da ACIJ e apresentou uma radiografia da indústria, sua evolução recente e os principais gargalos enfrentados.
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria – CNI mostra que 30 mil normas regem a questão ambiental no Brasil. Em média, são 26 a 28 meses para licenciamento para um empreendimento industrial.
De 2006 a 2013, o custo de produção (que representa 61% do custo total da indústria) cresceu 41% e o custo tributário cresceu 20%. Os gastos com pessoal subiram mais de 60% e energia 17%. Além disso, dos países que compõem os Brics, o Brasil é aquele que menos tem investido, ressaltou.
Com relação ao reajuste da Energia, o presidente da Fiesc pediu à Celesc e Aneel as notas técnicas que embasam o índice de 20,49%. “A indústria não pode suportar um aumento de 20%”.
Para encerrar, Glauco trouxe os números da CNI para o ano. A expectativa de crescimento do PIB é inferior a 1% para este ano e 1,5% em 2015. A produção industrial no Brasil deve cair 0,5% segundo a Confederação da Indústria. Os bancos estimam uma queda de 1,15%.
Já a pesquisa da Fiesc mostra que em 2013 a indústria investiu R$ 1,9 bi. Neste ano, os investimentos devem chegar a R$ 2,5 bilhões, 70% investidos no Estado, o que dará o mesmo valor absoluto de 2013 em Santa Catarina.
As perspectivas não são boas para o fim de ano, em virtude da retração da demanda, provocada pelos altos juros. Mas, segundo Glauco, há a possibilidade de uma melhoria da indústria, diante dos sinais positivos da economia internacional, como é o caso dos Estados Unidos.