O presidente da ACIJ, Marco Antonio Corsini, participou de reunião entre FIESC e SCGás, na última quinta-feira, dia 1º de outubro, em Florianópolis. Em pauta, a avaliação de alternativas para ampliar a oferta do suprimento de gás natural para a indústria. O presidente eleito da FACISC, Sérgio Rodrigues Alves, também participou do encontro.
A Petrobras garante, em média, 2 milhões de metros cúbicos por dia, podendo chegar a 2,1 milhões de metros cúbicos. Com a retomada da economia, o Estado vem alcançando um pico de consumo de 2,38 milhões metros cúbicos num único dia. O presidente da SCGás, Willian Anderson Lehmkuhl, informa que quando a distribuidora excede os 2,1 milhões de metros cúbicos pode haver penalidade com cobrança de sobrepreço.
“As dificuldades energéticas que a indústria costuma enfrentar em momentos de expansão da economia mostra o quanto ainda somos deficientes em infraestrutura. Por isto a ACIJ vem trabalhando em torno de uma agenda de desenvolvimento a partir da infraestrutura”, afirma o presidente da ACIJ, Marco Antonio Corsini.
“O Estado precisa crescer. Se uma empresa quer expandir sua produção e não tem gás à disposição, pode deslocar o investimento para outro Estado. Isso traz prejuízo para o desenvolvimento da economia de Santa Catarina”, alerta o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Para o curto prazo, a solução que a SCGás está trabalhando é uma chamada pública específica, que será lançada em breve, para injeção de gás natural diretamente na rede de distribuição. A solução estruturante para atender o longo prazo seria uma chamada pública incremental da TBG, empresa proprietária e operadora do Gasoduto Bolívia-Brasil, que abastece Santa Catarina. Essa alternativa pode levar de quatro a cinco anos.
A SCGás informa que em junho, julho e agosto houve forte reação do consumo de gás com entrega de volumes muito próximos do período pré-crise. A indústria responde pela maior fatia de consumo em Santa Catarina (cerca de 80%) e em agosto demandou um volume 7% superior a julho.