Durante o ano de 2018 a cidade de Joinville recuperou a criação de vagas formais de trabalho com carteira assinada. A cidade ficou com saldo de 9.094 empregos. Um bom desempenho, sem dúvida, mas há muito a ser feito na direção ampliar a geração de mais vagas. A indústria mostra visíveis sinais de recuperação, o comércio pode melhorar seu desempenho, a construção civil possui um espaço enorme para crescer e o setor de serviços não para de surpreender. Há um crescente número de startups sendo constituídas, outras em franco desenvolvimento e, espera-se neste setor, um continuado desempenho positivo.
Àqueles que ditam as regras fiscais tem a necessidade de se colocarem na posição de um empresário
Na indústria, apesar do otimismo entre seus comandantes, existe a preocupação com os recentes decretos do Governo Estadual retirando alguns incentivos extremamente importantes na formação dos negócios. Ao longo do tempo, incorporados ao próprio negócio e à formação dos preços. Retirá-los a partir de abril, como se pretende, seria eliminar a competitividade das empresas e isso poderá refletir na diminuição do crescimento e no ritmo da geração dos empregos.
O estado de São Paulo apresenta bons exemplos semanais na redução de impostos, apostando no fato da redução destes custos fará aumentar o consumo; São Paulo adota a regra de que a eventual perda de arrecadação destas reduções será compensada pelo aumento da demanda e do consumo. Essa receita deu certo em épocas passadas. Àqueles que ditam as regras fiscais tem a necessidade de se colocarem na posição de um empresário que planeja e se projeta sempre a médio e longo prazo; negocia com fornecedores, entrega lista de preços com grande antecedência e, hoje, em verdade, não se sabe quais são as regras a vigorarem a partir de abril.
A falta de previsibilidade é extremamente prejudicial a quem precisa dela para se posicionar, direcionar os negócios e definir os investimentos. Apoiamos o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) no pleito de revogação dos decretos 1860 e 1867, de imediato. E é preciso reestabelecer a normalidade dos negócios para o nosso Estado continuar a ser admirado pela segurança jurídica sempre dada aos seus empreendedores.