*Anne Thie Hirano e Juliana Ataídes Meleu
Falar abertamente sobre o suicídio por vezes pode parecer desconfortável e/ou errado, mas não se engane. Ter conhecimento sobre os comportamentos e pensamentos decorrentes do sofrimento psíquico é um dos principais meios de se prevenir o sofrimento extremo.
Este artigo se propõe a abordar inicialmente alguns fatores de risco.
O ano desafiador que vivemos expõe a importância de estarmos atentos à nossa saúde e também à das pessoas que nos cercam. Santa Catarina ocupa a segunda colocação entre os Estados com mais óbitos por suicídio no Brasil. Para contribuirmos na prevenção, é essencial conhecermos os principais fatores que aumentam o risco: tentativas anteriores (estima-se que 50% de pessoas que cometeram este ato extremo já haviam tentado anteriormente); doenças psíquicas/mentais, como depressão, ansiedade, alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas; casos de suicídio na família; falta de perspectiva futura; impulsividade; doenças clínicas não psiquiátricas; abusos ou negligências na infância e na adolescência; isolamento social e/ou vulnerabilidade social; perdas recentes.
A pessoa em risco tem dificuldades de elaborar estratégias para resolução de seus problemas, resultando num sofrimento tão agudo que pode culminar no ato extremo. Há um desequilíbrio na percepção do que acontece com ela e em sua volta.
E o que podemos fazer para ajudar? Este é o objetivo principal deste artigo: oferecer informação e orientação para ajudar na preservação da vida.
Os fatores que podem atuar como prevenção são: trabalhar a elevação da autoestima; bom suporte familiar; cuidados na gestação; laços sociais bem estabelecidos; propósito de vida; cuidados com a saúde emocional.
Se você reconhece alguns dos fatores de risco em você mesmo ou os identifica em alguma pessoa, procure o suporte de especialistas da área que têm o conhecimento para diagnosticar o quadro e indicar o melhor tratamento das causas, bem como trabalhar os fatores protetivos.
Compartilhar essa dor pode proporcionar alívio e conforto. Acolher a pessoa com tal sofrimento é, antes de mais nada, um ato de preservação e amor à vida!
*Anne Thie Hirano é psicóloga, especialista em avalição psicológica. Juliana Ataídes Meleu é psicóloga, pós-graduanda em psicologia positiva. As duas são co-fundadoras do Núcleo de Psicólogos Empreendedores da ACIJ
OUTRAS AÇÕES
Além deste artigo, o Núcleo de Psicólogos Empreendedores da ACIJ está promovendo outras três ações em defesa da vida ao longo deste Setembro Amarelo.
- Em parceria com a NSC Comunicação, nucleados da ACIJ assinam áudios de orientação em defesa da vida ao longo da programação da Rádio Globo Joinville, na frequência 95,3 FM, a partir deste sábado, dia 19 de setembro, até o último dia deste mês.
- No dia 23 de setembro, o Núcleo dos Psicólogos Empreendedores promove a live “Setembro Amarelo: Valorização da Vida”, no Instagram da ACIJ, a partir das 20 horas.
- Encerrando a programação especial do mês, no dia 29 de setembro, o Núcleo dos Psicólogos Empreendedores realiza um webinar ampliado sobre o tema, a partir das 19 horas.